Ingressou na Escola Nacional de Química da Universidade do Brasil no Vestibular de 1957, com mais 25 colegas. O regime era seriado. A Escola formava dois profissionais: o Químico Industrial, em quatro anos, e o Engenheiro Químico, em cinco. O Engenheiro Químico recebia os dois diplomas.
As disciplinas mais apreciadas, pelo conteúdo e pela didática, foram:
Uma lacuna importante foi a de uma disciplina de projeto de processos. O único meio computacional à época era a régua de cálculo!
Dois fatos marcantes ocorridos no último ano (1961), em relação à futura carreira profissional:
Formatura em dezembro de 1961 no Auditório da ABI. Paraninfo: Prof. Paulo Emídio Barbosa. Patrono: Prof. Vicente Gentil.
Aprovação em Concurso para a PETROBRAS. A primeira atividade programada seria o Curso de Aperfeiçoamento em Petróleo ministrado no CENAP, embrião do CENPES.
Desistência de ingresso na PETROBRAS em função do início do Curso de Mestrado em Engenharia Química, que se iniciaria em março de 1962, organizado pelo Prof. Alberto Coimbra.
Início do Curso de Mestrado adiado para 1963. As seguintes atividades foram então desenvolvidas durante o ano de 1962:
Aluno da primeira turma do Mestrado em Engenharia Química, iniciado na Divisão de Engenharia Química do Instituto de Química. Esta veio a ser a primeira turma de Mestrado da futura COPPE. Disciplinas: Matemática (Brand/Massarani/NelsonVelho/Anita Micham), Termodinâmica (Katz/Telles), Transferência de Calor (Katz/Telles), Fenômenos de Transporte (Coimbra/Telles), Termodinâmica Estatística (Henley), Termodinâmica dos Processos Irreversíveis (Zamith). Tese: "Configuração do Escoamento Axissimétrico por Computador Digital, orientada pelo Prof. Coimbra, defendida em abril de 1964. Foi a primeira Tese computacional da futura COPPE, realizada num computador Burroughs da PUC, com programas escritos em linguagem de máquina, com a assistência do então estagiário, hoje Prof. Titular da PUC, Arndt Von Staa.
Participação, como colaborador, na disciplina Cálculo Numérico, de responsabilidade do Prof. Jorge de Abreu Coutinho, na Escola de Química, juntamente com o Prof. Giulio Massarani.
Proposição de Computação como matéria obrigatória no Curso de Engenharia Química da Escola de Química. Proposta aceita pelo Chefe do Departamento, Prof. Mascarenhas. A matéria foi incluída como parte da disciplina Introdução à Engenharia Química e já ministrada no período seguinte. Pioneirismo da Escola no âmbito da UFRJ e das demais IFE's.
Aulas de computação ministradas para os colegas de Mestrado (primeiro professor de computação da futura COPPE).
Publicação do texto "Introdução à Comunicação com os Computadores Digitais: ilustrado com a linguagem UNICODE". O texto, em dois volumes, foi editado pelo Instituto de Química em 1964, constituindo-se no primeiro texto estruturado sobre computação na UFRJ e, talvez, das IFE's. A capa e o índice desta publicação serão brevemente reproduzidos neste documento.
Admitido como professor do Curso de Mestrado. Criação da disciplina "Separação de Multicomponentes" em nível de Mestrado, com enfoque computacional, baseados nos livros de Smith e Holland, ministrada pela primeira vez em 1964.
Doutorado no Stevens Institute of Technology (Hoboken, New Jersey), a partir de março de 1965. Bolsa da USAID com complementação da CAPES para estudantes casados e, a partir da criação da COPPE em 1966, uma complementação BNDE já como Professor Assistente. Primeiro contato com disciplinas de Cinética e Reatores, Controle de Processos e Otimização. Exame de Qualificação clássico com provas escritas de Matemática, Termodinâmica/Físico Química e duas línguas estrangeiras (escolhidas: espanhol e francês). Tese: "Non-Equilibrium Thermodynamics and the Stability Analysis of Continuous Stirred Tank Reactors", sob a orientação do Prof. Joseph A. Biesemberger, defendida em outubro de 1968. Intenso trabalho de simulação nos computadores IBM 1620 e analógico TR-48. As correções da Tese foram realizadas já no Brasil, adiando a concessão de grau de D.Sc. para 1970.
Participação, como monitor, numa disciplina experimental de graduação em Transferência de Calor. Convite para permanecer no Corpo Docente do Stevens Institute of Technology (atualmente em 18º lugar no Ranking americano), o que não foi aceito por motivos sentimentais em relação ao país e por compromisso com a COPPE.
Criação da área de Análise e Controle de Processos no PEQ/COPPE com a disciplina Análise de Sistemas, ministrada em 1969, e a primeira Tese de Mestrado defendida em 1970.
Criação da área de Engenharia de Processos na UFRJ e demais IFE's, com as disciplinas "Síntese de Processos", em 1976, na COPPE, e "Desenvolvimento e Projeto de Processos", em 1977, na Escola de Química, e com a orientação das primeiras Teses de Mestrado na área. A primeira sobre Análise de Processos defendida em 1978 e a primeira sobre Síntese de Processos defendida em 1980 (ver Curriculum Vitae Detalhado).
Participação contínua no ensino de graduação na Escola de Química nas disciplinas Termodinâmica e Máquinas Térmicas (10 turmas), Teoria de Controle de Processos (7 turmas), Introdução à Engenharia Química (13 turmas), Operações Unitárias (2 turmas), Projeto (5 turmas), Engenharia de Processos (18 turmas, incluindo as versões iniciais sob as denominações Desenvolvimento e Projeto e Planejamento e Projeto).
Participação contínua no ensino de pós-graduação na COPPE com disciplinas na área de Análise, Simulação, Controle, Otimização e Síntese de Processos (45 turmas).
Orientação de 31 Teses de Mestrado e 1 de Doutorado na COPPE. Participação em outras 41 Bancas Examinadores de Mestrado, 4 de Doutorado e 4 de Concursos Públicos.
Participação em disciplinas de Engenharia de Processos, de curta duração, ministradas na UFS (1979) e na UFC (1984). Cursos de curta duração ministrados na OXITENO e na COPENE em 1988.
Participação em 15 atividades de extensão, dentre Cursos e Projetos.
Participação em 33 Congressos e Seminários, apresentação de 17 trabalhos em Congressos e 2 publicações com revisão crítica.
Coordenador do Programa de Engenharia Química da COPPE (1969-1974), Diretor Adjunto de Desenvolvimento da Escola de Química, responsável pela mudança para a Ilha do Fundão (1971-1974), Coordenador Geral de Desenvolvimento e Vice-Diretor da COPPE (1975), 1º Presidente do Conselho Deliberativo da COPPE (1984-1986), Conselheiro Suplente do CEG (???) e Conselheiro do CEPG (1984-1987).
Coordenador do Projeto Setorial da Engenharia Química do BNDE (1972), Relator da Sub-Área de Engenharia Química para o documento Avaliação e Perspectivas do CNPq, visando ao III PBDCT (1981), Membro de 1º Comitê Assessor de Engenharia Química do CNPq (1976-1978) e seu Coordenador (1977).
Aposentadoria formal em fevereiro de 1995, permanecendo como colaborador do PEQ/COPPE (até 1997) e da Escola de Química.
Professor Emérito da UFRJ em agosto de 1997, por proposição do Departamento de Engenharia Química da Escola de Química com o apoio do Programa de Engenharia Química da COPPE.
Participação no ensino de graduação na disciplina Engenharia de Processos (mais 16 turmas, totalizando 75 turmas e 2.440 alunos).
Participação no ensino de pós-graduação na COPPE com a disciplina Otimização de Processos (mais 2 turmas, totalizando 45 turmas e mais de 390 alunos).
Orientação de mais 3 Teses de Mestrado e 1 de Doutorado (totalizando 37 Teses de Mestrado e 2 de Doutorado). Participação em outras 3 Bancas Examinadores de Mestrado, 2 de Doutorado e 8 de Concursos Públicos.
Participação em mais 3 Congressos e Seminários, apresentação de 10 trabalhos em Congressos e 2 publicações com revisão crítica. Palestrante convidado no 2o Congresso de Engenharia de Processos do MERCOSUL (ENPROMER), Florianópolis, Agosto/Setembro/99.
Participação nos ENBEQ's de 1994, 1996, 1998 e 2000, em Grupos de Trabalho sobre Integração Curricular, Projeto e Processos e Informática no Ensino da Engenharia Química. Implementando recomendação no ENBEQ.
Realização de Workshops sobre Engenharia de Processos na UFRN, na UEM e na UFPe, divulgando a Engenharia de Processos como disciplina de integração curricular, seguido recomendação do ENBEQ.
Coordenador do Programa de Engenharia Química da COPPE (1995-1996). Diretor da Escola de Química (1998-2001).
Atualização: 25 de junho de 2017