O etanol é considerado um dos mais importantes combustíveis renováveis, devido aos seus benefícios econômicos e ambientais.
O bagaço da cana-de-açúcar é uma das fontes mais promissoras para a produção do etanol, principalmente no Brasil, onde este sempre representou um problema ambiental, apesar do seu reaproveitamento. A geração deste resíduo sólido tende a aumentar devido ao renovado interesse pelo bioetanol.
Neste trabalho, um processo de produção foi desenvolvido utilizando-se o modelo das duas correntes, sob uma concepção industrial brasileira, conhecida como unidades anexas. Adotou-se, neste modelo, o pré-tratamento com ácido diluído e a tecnologia de sacarificação e fermentação simultâneas, e com dados obtidos em escala de bancada o fluxograma foi simulado pelo programa Super Pro Designer.
Tomando-se como base mássica 1.000 ton de bagaço por dia, e com algumas considerações, o processo foi capaz de produzir 162.132 L de etanol anidro com um consumo de 39,93 MJ / L EtOH.
A agregação de valor de alguns subprodutos desta tecnologia, como a lignina, com alto calor de combustão, pode diminuir esse input energético em pelo menos 23,52 MJ / L EtOH. Uma avaliação econômica revelou que o custo de produção é de U$1,16/L, sendo considerado como não viável.
Entretanto, após considerar este contexto juntamente com o conceito de Biorrefinaria, o etanol produzido tornou-se viável e competitivo, comparando-se com o etanol de caldo da cana. Seu custo de produção passou a ser, com algumas considerações, U$0,23 após depreciação.
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